Casamento
Antigo Armazém e Bistrô
Casamento Bibiana e Cristiano
Esses dias vi o filme A vida em si e além de quase desidratar de tanto chorar, me senti extremamente grata por ter como profissão, registrar em fotografias a história das pessoas. Fotografias essas, que passaram de geração em geração e serão, além de lembranças, a comprovação do que as pessoas viveram, como viveram. Assistam esse filme.
Quero que as pessoas se lembrem das cores, expressões, roupas da época, como arrumavam o cabelo, a maquiagem. Mas quero também que sintam. Se sintam.
Não quero alterar a cor, não quero alterar as linhas de expressão ou cicatrizes. Não quero manipular o tempo. O tempo é o que os fez chegar até aqui. E o que os levará até o dia em que todas essas verdades serão vistas e lembradas com sinceridade e com a plenitude de terem vivido do jeito que viveram.
Para mim a fotografia de casamento é isso. Real, justa. Ela não é para quem a fotografa, ela é para quem a vive. Um suspiro de lucidez em meio a uma sociedade alienada. A fotografia é minha forma de expressão e de contar ao futuro, o passado. Aqueles que por ventura compartilham do mesmo desejo estarão sob meu olhar e em minha história.